A expansão tecnológica dos últimos anos e a aplicação desses recursos nos ambientes empresariais em diversos setores econômicos, especialmente à gestão dos Recursos Humanos, projeta um cenário bem mais promissor para as médias e grandes empresas. Estamos observando cada vez mais a adoção de softwares de gestão corporativa para uma adequação das companhias à tendência que prioriza a cultura de negócios com planejamento assertivo, redução de custos e promoção da saúde e bem-estar dos colaboradores e funcionários. Hoje, quanto menos acidentes e imprevistos, maiores são os lucros.
As últimas mudanças na rotina da saúde ocupacional das empresas brasileiras alteradas pela Previdência Social e a publicação do número de notificações referentes a acidentes e doenças do trabalho em 2007, (análise do Laboratório de Saúde do Trabalhador da Universidade de Brasília – UnB), acendem o sinal amarelo para a discussão sobre a importância do uso de ferramentas de gestão no planejamento de empresas que encaram o desafio contemporâneo de crescer cada vez mais sem comprometer suas receitas com problemas de gerenciamento e aumentando sua responsabilidade social.
Entre 2006 e 2007, segundo dados da UnB colhidos junto ao Ministério do Trabalho, as notificações de acidentes e doenças do trabalho cresceram 107% – os registros passaram de 112.668 para 231.288. Salto que vem sendo acompanhado com preocupação pela Previdência Social, que nos últimos anos alterou seu Regulamento Geral e introduziu duas novas práticas: o NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário) e FAP (Fator Acidentário Previdenciário).
Em vigor desde abril do ano passado, o NTEP é a nova metodologia de reconhecimento de doenças relacionadas ao trabalho. Já o FAP, que entrará em vigor a partir de 1º de Janeiro de 2009, deverá ser fornecido pelo INSS para que as empresas possam multiplicar tal fator às suas alíquotas atuais de recolhimento de Seguro Acidente de Trabalho (SAT) e, desta forma, saberem a nova alíquota a ser recolhida aos cofres da União.
Sob esse prisma, apresenta-se um importante alerta. Os empresários precisam começar a ver a questão da implantação de software de gestão Previdenciária e de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho, como investimento de médio e longo prazos, já que estas ferramentas agregam valor à relação custo-benefício. Em pouco tempo, a tecnologia garante resultados que refletem na produtividade do trabalhador, assegurado e dentro dos critérios de prevenção, na otimização dos Recursos Humanos, que passa a ter controle total de informações sobre os funcionários em tempo real, e por último, nas projeções orçamentárias que recebem uma redução significativa em relação às áreas.
Um ponto altamente positivo para quem busca um equilíbrio orçamentário são os inúmeros recursos para simulação de cálculos providos por um software de gestão que esteja alinhado com FAP e NTEP. Estas simulações orientam gestores sobre como alcançar reduções de despesas que podem fazer grande diferença no balanço anual. Para elucidar, cito o exemplo de uma empresa com mil funcionários com média salarial de R$ 1.200,00 por mês e folha anual de R$ 14.400.000,00 que necessite simular custos com base nos critérios das três classes do FAP em seus coeficientes – que vão de 0,5 a 2,0. Com um software de gestão adequado, esta empresa pode além receber toda a base de cálculos para as três classes, obter uma projeção precisa para redução de seus custos. Neste caso específico o software orientaria a companhia para uma redução do FAP para o coeficiente 1,5, levando-a a obter expressiva redução nos seus custos, que poderão variar de R$ 72.000,00 a R$ 216.000,00 por ano, dependendo da classe.
Com a aplicação desta tecnologia, empresários ganham agilidade, tempo e dinheiro. Graças à dinâmica das ferramentas de gestão é possível gerar planejamentos mais eficientes, com respostas mais rápidas para formulação e execução de estratégias com base em informações críticas da empresa, disponíveis em tempo real.
Fonte: Ricardo Donner, diretor da Nexo CS.