Desde 2012, os gastos previdenciários no Brasil ultrapassam R$ 100 bilhões apenas com despesas acidentárias, implicando na perda de 525 milhões de dias de trabalho, conforme dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – SmartLab. Estima-se que o custo de acidentes e doenças do trabalho produzam a perda de 4% do Produto Interno Bruto.
Os custos de acidentes de trabalho são significativos e podem ser detalhados em três categorias principais: custos diretos, indiretos e sociais.
Custos Diretos
- Tratamento Médico: Despesas com hospitalização, medicamentos, terapias e outros serviços médicos necessários para tratar as vítimas dos acidentes.
- Pagamentos e indenizações: Pagamento pela empresa de até 15 dias de afastamento do trabalhador, além de possíveis indenizações por danos morais e materiais.
- Fator Acidentário de Prevenção (FAP) : Encargos financeiros que afetam diretamente o cálculo de contribuições previdenciárias e seguros de acidente de trabalho. Por exemplo, um aumento no FAP pode levar a um aumento significativo nos custos da folha de pagamento, podendo chegar a até quatro vezes o valor do SAT (Seguro de Acidente de Trabalho).
Custos Indiretos
- Perda de Produtividade: Redução da produtividade devido à ausência do trabalhador acidentado e ao tempo necessário para substituir ou treinar novos funcionários.
- Interrupções Operacionais: Paradas nas operações da empresa, que podem ocorrer para a investigação do acidente e a implementação de medidas corretivas.
- Reparação de Equipamentos e Instalações: Custos associados à reparação ou substituição de equipamentos e instalações danificadas no acidente.
- Aumento do Prêmio de Seguro: Elevação dos custos dos prêmios de seguro de responsabilidade civil e outros seguros relacionados ao risco de acidentes.
Custos Sociais
- Impacto na Família e Comunidade: Dificuldades econômicas e emocionais enfrentadas pelas famílias das vítimas, além do impacto negativo na comunidade local.
- Perda de Capital Humano: Redução da força de trabalho qualificada e experiente, que pode afetar a competitividade da empresa e do país.
- Custos para o Sistema de Saúde Pública: Aumento da demanda por serviços de saúde públicos para tratar trabalhadores acidentados, sobrecarregando o sistema de saúde.
Para o Trabalhador
- Saúde e Bem-Estar: acidentes podem resultar em incapacidades permanentes ou temporárias, afetando a qualidade de vida.
- Estresse Psicológico: A recuperação de acidentes e a incerteza sobre o futuro podem causar estresse significativo.
Conclusão
Reduzir os acidentes de trabalho é essencial não apenas para proteger os trabalhadores, mas também para diminuir os custos associados e melhorar a eficiência econômica. Investir em prevenção, educação e medidas de segurança é fundamental para criar um ambiente de trabalho mais seguro e sustentável.
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Autora: Liana Macedo
Fontes: https://smartlabbr.org/sst e https://brasil.un.org/pt-br/125723-gastos-com-doen%C3%A7as-e-acidentes-do-trabalho-chegam-r-100-bi-desde-2012